sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Produção açucareira no Brasil.

Na segunda metade do século 16, começaram a ficar evidentes os interesses e os objetivos de Portugalnas terras brasileiras.

As relações econômicas que vigoravam entre as nações européiasbaseavam-se no mercantilismo, cuja base eram o comércio internacional e a adoção de políticas econômicas protecionistas.

Cada nação procurava produzir e vender para o mercado consumidor internacional uma maior quantidade de produtos manufaturados, impondo pesadas taxas de impostos aos produtos importados. Asseguravam, desse modo, a manutenção de uma balança comercial favorável. 

As nações que possuíam colônias de exploração levavam maiores vantagens no comércio internacional. A principal função dessas colônias era fornecer matérias-primas e riquezas minerais para as nações colonizadoras - ou seja, para as metrópoles. Ao mesmo tempo, serviam de mercado consumidor para seus produtos manufaturados. Havia uma imposição de exclusividade, ou monopólio, do comércio da colônia para com a metrópole, que foi chamada de pacto colonial.

Pacto colonial

O pacto colonial pode ser entendido como uma relação de dependência econômica que beneficiava as metrópoles. Ao participarem do comércio como fornecedoras de produtos primários (baratos) e consumidoras dos produtos manufaturados (caros), as colônias dinamizavam as economias das metrópoles propiciando-lhes acúmulo de riquezas.

Portugal procurou criar as condições para o Brasil se enquadrar no pacto colonial. Os portugueses concentraram seus esforços para a colônia se transformar num grande produtor de açúcar de modo a abastecer a demanda do mercado internacional e beneficiar-se dos lucros de sua comercialização.

Além da crescente demanda consumidora por esse produto, havia mais dois fatores importantes que estimularam o investimento na produção açucareira. Primeiro, os portugueses possuíam experiência e tinham sido bem-sucedidos no cultivo da cana-de-açúcar em suas possessões no Atlântico: nas ilhas Madeira, Açores e Cabo Verde. Segundo, as condições do clima e do solo do nosso litoral nordestino eram propícias a esse plantio. Em 1542, o donatário da próspera capitania de Pernambuco, Duarte Coelho, já havia introduzido a cana-de-açúcar em suas terras.

Plantation

O plantio da cana-de-açúcar foi realizado em grandes propriedades rurais denominadas de latifúndio monocultor ou plantation. Essas propriedades também ficaram conhecidas como engenhos, porque, além das plantações, abrigavam as instalações apropriadas e os equipamentos necessários para o refino do açúcar: a moenda, a caldeira e a casa de purgar.

Para o processo de produção e comercialização do açúcar ser lucrativo ao empreendimento colonial, os engenhos introduziram a forma mais aviltante de exploração do trabalho humano: a escravidão. A introdução do trabalho escravo nas grandes lavouras baixava os custos da produção.

Toda a riqueza da colônia foi produzida pelo trabalho escravo, baseado na importação de negros capturados à força na África

O contexto social da colonização e da superexploração da mão-de-obra pela lavoura canavieira tornava inviável contar com o trabalho dos homens livres. 

Com terras abundantes, os homens livres poderiam facilmente se apropriar de uma gleba e desenvolver atividades de subsistência. Ou seja, não havia nem incentivo nem necessidade de que a população livre trabalhasse no engenho. Completando o quadro, os portugueses também exploravam o lucrativo de tráfico de escravos negros africanos. E a simples existência do tráfico já constituía um estímulo à utilização desta mão-de-obra nas colônias pertencentes a Portugal.

Engenhos

Os engenhos eram as unidades básicas de produção das riquezas da colônia. Mais do qualquer outro local, o engenho caracterizava a sociedade escravista do Brasil colonial. No engenho, havia a senzala, que era a construção rústica destinada ao abrigo dos escravos; e havia a casa grande, a construção luxuosa na qual habitavam o senhor, que era o proprietário do engenho e dos escravos; juntamente com seus familiares e parentes. Consta que por volta de 1560, o Brasil já possuía cerca de 60 engenhos que estavam em pleno funcionamento, produzindo o açúcar que abastecia o mercado mundial.

Nos moldes como foi planejada pela Coroa portuguesa, a colonização do Brasil exigia enormes recursos econômicos que seriam empregados na montagem dos engenhos, na compra de escravos, de ferramentas e de mudas de cana-de-açúcar para iniciar a produção. Havia ainda a necessidade de transporte do produto e, por fim, sua distribuição no mercado internacional. 

Para solucionar o problema do financiamento da montagem da produção açucareira, Portugal recorreu aos mercadores e banqueiros holandeses. Por meio de inúmeros mecanismos de cobrança de impostos, os lucros obtidos com a comercialização do açúcar eram rateados. A maior parcela dos lucros obtidos ficava com os negociantes holandeses que haviam investido na produção e distribuição do produto. Portugal ficava com a menor parcela dos lucros, mas em contrapartida assegurava a posse e a colonização do Brasil, além da imposição do pacto colonial.

O ciclo do açúcar no Brasil colonial se estendeu até a segunda metade do século 17. A partir de então, a exportação do produto declinou devido à concorrência do açúcar produzido nas Antilhas. Ironicamente, eram negociantesholandeses que também financiavam e comercializavam a produção antilhana. Restava a Portugal encontrar outras formas de exploração das riquezas coloniais. No século 18, a exploração de ouro e diamantes daria início a um novo ciclo econômico.

14 comentários:

Anônimo disse...

Achamos o texto muito interessante e que nos gostariamos de estudar esse conteudo durante o longo do bimestre.
Nos entendemos que a produçao de açucar no brasil foi uma das principais produçoes assim como outros.

Anônimo disse...

Eu achei muito interesante é principal mente na parte dos ecravos na senzalas.... Denisson e Mauricio setima serio ...o texto esplica muitas informaçoes q no ajudarao no futuro proximo...

Anônimo disse...

Isabela*M.e João Pedro- o Brasil era uma colonia de portugal e como uma colonia tudo que produizia ia para portugual e por isso era muito dependente deles.


7ª serie 8° ano

Anônimo disse...

7ª Série
Victor Gabriel
Samuel de Souza
Matheus Vidal

-Eu achei legal a relação comercial entre a nação européia e Portugal se davam por meio do açucar e depois entre todo o mundo.

-Eu gostei de Duarte Coelho que havia plantado a cana-de-açucar em suas terras(Pernambuco).

Anônimo disse...

Carolina,Bábara e Mayra:Nessa aula podemos concluir que antigamente tudo era feito a mão-de-obra, mais ao passar do tempo começava a utilizar máquinas, so se usava a mão-de-obra para a fabricação de cana-de-açúcar feitos pelos escravos trazidos da África a forssa.Ouve também o Pacto colonial que era usado de forma que eles produziam as mercadorias e mandavam para as metropoles para serem revendidas.O plantio era feito em grandes terras para o aumento do comércio.Para terem mais lucro usaram o mei da escravidão.

serie7°

Anônimo disse...

a produçao açucareira no brasil,a partir do seculo XVI comamdada por Portugal,foi muito rigorosa.O Brasil foi uma colonia de Portugal,onde tinha o monopolio colonial para aumentar os lucros, Portugal tirou escravos forçados da Africa para trabalhar na produçao.
gabriel madureira e oliveira

Anônimo disse...

-Eu achei muito interresante a parte em que o Brasil só fazia comércio açucareiro com a Espanha e depois isso com o mundo.
-Tambem a parte da escravidão, os escravos ficavam em senzalas emquanto o "dono" deles ficava em um super luxo na casa tada arrumada.

Anônimo disse...

O açúcar no Brasil

Entendemos que a partir do século 16, ficou obvio o que os portugueses queriam com o Brasil.Cada uma das nações procurava produzir e vender para o mercado consumidor internacional uma boa parte de produtos manufaturados porem as nações que possuíam colônias de explorações levavam maiores vantagens.
O Pacto colonial pode ser entendido como um tipo de acordo de dependência das colônias com as metrópoles pois as colônias dinamizavam as economias das metrópoles propiciado-lhes acúmulos de riquezas.
Já no plantio de cana-de-açúcar era realizado em grandes propriedades rurais e era um dos produtos mais explorados pelos portugueses.O ciclo do açúcar no Brasil se estendeu ate a metade do século 17.
No século 18 começou um novo ciclo que era do ouro e dinamites.



Alunas: Nathália, Munick e Gabriela
Série:7° / 8 ano

Anônimo disse...

lucas alves disse:eu gostei muito desse texto pois a produçao açocareirano foi e ainda é uma das maiores produçõesn do brasil e eu quero estutar dessa forma sempre que puder :7° serie 8º ano

Anônimo disse...

eu gostei muito deste texto pois é nele que se fala como era importante o açucar naquela epoca e fala tambem sobre os escravos que eram as fontes de trabalhos


João Pedro- 7ª serie-8° ano

Anônimo disse...

Eu gostei muito do texto,pois nele fala sobre a importância do açúcar e mostra a mão-de-obra usada naquela época que era os escravos que mechiam com a plantação da cana de açúcar.



João Pedro-sétima série-nono ano
número 10

tudo em cima disse...

eu axei muinto interesante a parte dos escravos e da senzala e como eles trazia os escravos

Anônimo disse...

eu gotei muto da parte que fala do açucar no brasil denisson 7serie

Anônimo disse...

o brasil era uma colonia de portugal na parte açucareira eu gostei dessa parte denisson setima seria oitavo ano.....